Caminhando por um complexo endireitado de ladrilhos refletores me vi triste e abatido, deixei cair para trás alguém deveras importante. Ao cair no chão ela acabou quebrando um ladrilho, pequenininho, mas acabou quebrando! É tão importante escrever essa história quanto foi vivê-la, sempre me trás a lembrança os pensamentos bons, pensamentos de cinco anos de inocência, de dezoito anos de caminhada por cima dos ladrilhos, os pequenos ladrilhos refletores.
Tirando os meus reflexos refletidos no chão da minha imagem, posso perceber no imenso céu azul as fotos e mensagens trocadas e batidas. Nessa grandeza de imagens relembramos os beijos, os abraços e o quão exagerado-romântico-inacabado pode ser o nosso amor. Essa mulher, que boca não podia apresentar, não podendo ser uma mulher existente, sendo para mim inexistente, pois é certo que se de carne fosse eu a tomaria para mim e pobre do homem que se faz dono de uma mulher. Por que não dizermos o contrário?
Vejo no fim desse caminho uma luz, luminosa não! Iluminada! Por trás dessa luz percebo um olho, um olhar, um olhar com olhos castanho-claros, mais claros ainda ao sentir bater o sol.

“Ao caminho destes olhos vou seguindo, olhos estes que apaixonam qualquer ser, ainda que o canto de Iara com ele tentasse combater, certamente seria derrotado.”

A vida continua e você ainda continua aqui, sempre, do jeito de sempre. Talvez você não deseje ir embora, talvez eu não deseje que você vá embora.

"E no último minuto tornou-se à boca aquele beijo jamais esquecido, somente adormecido, daquela boca mais bela e saudosa de todas!"

A onda é cair com tanta força brutal na diferença dos viventes, que esquecemos que logo tudo vai passar. Qual o motivo de tanta elegância para contar as cousas que nos pegam de surpresa com nem tanta surpresa assim? É meus caros, em tudo a globalização opera. Indiretamente a sociedade inveja tudo que há nessa vida pelos cantos desse grande mundo. Bebem aquilo lá, bebo eu aqui também. Comem aquilo lá, como eu aqui também. Destroem e matam por lá, destruo e mato eu por aqui também! Amargo é o sabor daquele vinho tinto de sangue que por tempo fomos outorgados a beber. Concordo com a multidão, para que lutar para melhorar esse mundo? Por que lutar para não morrer... Embriaguemo-nos todos com tudo que nos derem para beber. Deixem que marquem nossos lençóis com nosso vermelho sangue. NÃO! Pensei que pudéssemos nos enganar e fechar os ouvidos para os sons que choram com lágrimas de criança, não dá, nosso sangue não deixa, nossa pátria não deixa, nosso amor não deixa. Amamos-te Brasil, se aquele te derruba, sou eu que vou te levantar, se assim não o fizer, deixarei este legado de te proteger para os próximos que virão. Não deixaremos que tuas folhas morram, que teus animais escapem e que tua luz apague. SIM!

"Vivemos uma tempestade de notícias "estrambólicas". Ainda assim os outros persistem em seguir o rumo onde tudo parece tão belo e calmo. Por quê?

Maior em tudo

De todas as fraquezas
De todos os amores
De todas as decepções
Sei que você foi a maior.

Sempre pude ouvir sua voz
Dentro da alma aflita
Dentro da cabeça enlouquecida
Dentro do coração exagerado.

Ainda que pudéssemos viver
Minha certeza não existiria
Não se mostraria fiel aquilo que somos
E injustamente proibidos somos de viver.

Não é justo o melhor da vida
Está presente na tevê e somente
Nela o sonho poder acontecer
Merecemos tudo aquilo extremamente.

Assim você me ensina
Que o errado é viver você
Querer você e somente por você
Querer viver e escrever o dito amor.

Davi Barbosa
09/03/11